segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Depois de quase duas semanas conturbadas, sem conseguir de fato me concentrar em nada, voltei a ler "Comer Rezar Amar", e cheguei na parte em que havia dito ser a minha cara... Me desculpem o tamanho deste post, mas terei de escrever cada palavra dessa parte do livro aqui, pois remetem muito bem o que eu sou e o que já passou comigo...
"...Aprenda a lidar com a solidão. Aprenda a conhecer a solidão. Acostume-se a ela, pela primeira vez na sua vida. Bem vinda a experiência humana. Mas nunca mais use o corpo ou as emoções de outra pessoa como um modo de satisfazer seus próprios anseios não realizados. 
Vejo isso mais como uma espécie de apólice de vida emergencial do que qualquer outra coisa. Comecei cedo na vida a correr atrás do prazer sexual e romântico. Mal tive uma adolescência antes de arrumar meu primeiro namorado, e sempre mantive um menino ou um homem (ou, algumas vezes, os dois) na minha vida desde os meus 15 anos. Isso agora faz - deixe-me ver - mais ou menos 19 anos. Ou seja, durante quase duas décadas, estive envolvida em algum tipo de drama com algum tipo de cara. Cada qual se sobrepondo ao seguinte, sem sequer uma semana de intervalo entre os dois. E não posso evitar pensar que isso representou uma espécie de entrave no meu caminho rumo à maturidade.
Além disso, tenho problemas de limites com os homens. Ou talvez não seja justo dizer isso. Para ter problemas com limites, é primeiro preciso ter limites, certo? Mas eu sou inteiramente tragada pela pessoa que amo. Sou como uma membrana permeável. Se eu amo você, eu lhe dou tudo o que tenho. Dou-lhe o meu tempo, minha dedicação, a minha bunda, o meu dinheiro, a minha família, o meu cachorro, o dinheiro do meu cachorro, o tempo do meu cachorro - tudo. Se eu amo você, carregarei para você toda a sua dor, assumirei por você todas as suas dívidas (em todos os sentidos da palavra), protegerei você da sua própria insegurança, projetarei em você todo o tipo de qualidade que você na verdade nunca cultivou em si mesmo e comprarei presentes de Natal para sua família inteira. Eu lhe darei o sol e a chuva e, se não estiverem disponíveis, dar-lhe-ei um vale de sol e um vale de chuva. Darei a você tudo isso e mais, até ficar tão exausta e debilitada que a única maneira que terei de recuperar minha energia será me apaixonar por outra pessoa.
Não é com orgulho que revelo esses fatos sobre mim mesma, mas é assim que sempre foi.
...
-Sabe, você parece uma pessoa completamente diferente agora que está com esse namorado novo. Você antes se parecia com o seu marido, mas agora se parece com ele. Você até se veste igual a ele e fala igual a ele. Sabe como algumas pessoas se parecem com os seus cachorros? Acho que talvez você sempre se pareça com os seus homens..."

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