quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Tons de bege

Pois é, isso mesmo, se existisse um livro sobre mim, certeza, levaria esse titúlo.
Minha vida nunca foi uma maré de cores. Sempre fui calma, compreensiva, atenta aos detalhes, cautelosa. Fiz algumas escolhas erradas, e daí, quem nunca fez?!
Achava que já tinha visto de tudo, ouvido de tudo, sofrido demais - afinal minha sorte pra namoro é uma coisa incrível - sempre quis morar sozinha, casei, não deu certo. Separei. Vivi 4 anos tentando ser a melhor funcionária de uma empresa que não me deu valor. Fui para a obra e me deparei com muita sujeira - pensem sujeira da forma que quiserem - não consegui viver naquilo.
Não sou de brigar, mas sou rancorosa e calculista, jogo na cara quando necessário, quase sempre.
Tenho uma ótima memória para acontecimentos, desde os mais banais, até os mais complexos. Guardo tudo, e como disse, sou calculista. Meus pais dissem que eu sou uma pessoa ruim, vejo mais como um mecanismo de defesa, pois me sustento em cima de fatos.
Cada traíção, cada mancada, seja de ex-namorados, amigos e família esta aqui. Não tenho facilidade para perdoar as pessoas.
Talvez nunca tenha perdoado alguém de verdade. [...]

Me lembrei da Renata agora. Acho que foi a pessoa que mais me decepcionou. Não pelo feito, mas por ter sido durantes anos meu ombro, joelho e coração! Desde muito cedo, desde uns 12 anos. Juntas quase todos os dias, é isso que doí, não o feito... Na verdade doía até eu saber que ela não estava mais aqui. Daí me lembrei de cada conversa, cada brincadeira, cada momento que passamos juntas, que foram muitos, uma vez que ela morava apenas à algumas casas de mim. Desejei nunca ter parado de falar com ela, e de talvez ter sido seu joelho e ombro nos ultimos anos, talvez quem sabe, nada tinha acontecido, ela até poderia estar aqui... Ou não, nossas vidas tomaram rumos bem diferentes, quem sabe. Ficamos uns 7 anos sem se falar, vou sempre me lembrar dela como uma pessoa alegre e extremamente engraçada, e das nossas brisas, tipo de volta para minha terra com pé de caqui! (risos)

Bom, mais voltando ao raciocínio, continuo achando que talvez eu morra cedo, talvez...
Ou talvez haja mesmo algo mais. Posso confiar nas pessoas, fazer planos, me esforçar para realizá-los. Talvez haja uma nova fase, onde tudo que já vivi sirva de aprendizado, e os esfoços não serão em vão. Talvez haja mais que apenas tons de bege aqui. Talvez uns tons de azul...


2 comentários:

  1. Li seu post e sinceramente me vi escrevendo ele no segundo paragrafo. É uma merda a gente depositar toda nossa confiança em uma pessoa anos e anos , e depois olhar pra tras e vê que tudo mudou tão derrepente e que as pessoas nos decepcionam muito facil, o ser humano é muito egoista, ele só quer saber dele mesmo e foda-se se precisar prejudicar alguém que conviveu com você a maior parte da sua vida.

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  2. Amiga escreve um livro por favor!
    Vá ser escritora q tu leva jeito!
    Quem é Renata?
    Enfim...
    Amo vc!

    Beijos
    Thania

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