sábado, 30 de agosto de 2014

Há tempos...

Como já disse anteriormente, faço parte de um grupo seleto de pessoas que nasceram para viver do jeito mais difícil - e quando falo mais difícil, não é passando necessidades (por exemplo), pelo amor de Deus, não pensem nisso... Mas aquele grupo, aquele estranho, que acha que nasceu na época errada ou em um mundo diferente, que não concorda com o que se passa ao redor, que nasceu apenas para fazer parte de um figurino de terceiros...
O para sempre é feito de agoras, como diz o livro Cidades de Papel... E felizmente, ou infelizmente não aceito que o meu para sempre seja constituído em cima dos meus agoras...
E agente no final das contas não pode se acostumar com aquilo que não nos faz feliz... Porque não é e nunca será o material que nos fará falta, serão as lembranças boas, os momentos felizes, e os arrependimentos por deixar algum desses dois passar pela nossa frente e não parar em nós...

E a menos de um mês para completar 25 anos, sinto que ainda não fiz nada por mim, não conquistei nada material, nem pessoal. Invisível ao ponto de sumir e não sentirem falta. O mundo definitivamente não gira nem em alguma órbita próxima da minha... E a solidão volta... Falta da conversa, e daqueles momentos escassos, mas que me sustentavam e me deram forças durante seis meses para continuar vivendo, vivendo no sentido espiritual...
Talvez eu ainda não tenha me encontrado... Possivelmente eu ainda não me encontrei!
Mas Deus, porque isso tão difícil?
Eu quero demais? As pessoas se acostumam com pouco? Qual o meu problema?

No meu caso, nada nunca será o suficiente, porque nunca dois serão um, não comigo...

Agoras, depois, sempre...